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[RESENHA] Curtindo a vida adoidado

sábado, agosto 27, 2016 3 comentários

  Quem nunca assistiu ao filme clássico de John Hugles? Ele passou milhares de vezes na nossa querida "sessão da tarde" e com certeza já animou uma, ou várias tardes sua.
Esse livro é totalmente nostálgico, pois, é baseado no filme (e não ao contrário) e isso faz com que vejamos todas as cenas em palavras, é incrível!

  Ferris Bueller só queria um dia de folga, com isso ele usou sua pior atuação em anos para fazer com que seus pais acreditassem que estava doente. Não foi fácil convencer seu amigo Cameron a sair da fossa interior para o acompanhar, mas tirar sua namorada Sloane da escola foi a parte fácil, os três embarcaram para um dia de aventuras, curtição e aprendizado.

  O livro é bem pequeno, só tem 160 páginas e a escrita é bem leve e fluída, então a leitura pode ser feita em apenas um dia. Os capítulos são pequenos, geralmente com duas a três páginas, podemos enxergar o filme inteiro nesse romance por ser uma adaptação do roteiro, porém, existem algumas pequenas mudanças e alterações como a inserção de alguns personagens que não encontramos no filme, nada que altere a essência da história. Temos todos os momentos famosos, principalmente a do desfile e recomendo que quando chegue nessa parte que você leia escutando a música Twist and Shout dos The Beatles.

  Temos aqui uma história atemporal, mesmo que tenha sido escrita nos anos 80, vemos muitas situações do nosso dia a dia, quem nunca quis assim como o Ferris faltar a escola e curtir o dia com seus melhores amigos que atire a primeira pedra! Você com certeza irá se identificar com algum dos seus personagens e seus dilemas.

  O livro é narrado em terceira pessoa, isso faz com que a nossa experiência com a história seja mais ampla, porque vemos situações de vários personagens, não só do principal. Nessas poucas páginas temos desenvolvimento de personagens, crises existenciais, muitas lições de vida e muita diversão, perdi a conta de quantas vezes ri com a leitura.

  Agradeço a Editora Gutenberg por ter enviado esse livro para resenha, que por sinal está de parabéns, essa capa é maravilhosa, a diagramação é linda e uma coisa que gostei bastante é que para as mudanças de situações nas páginas temos o desenho de imagens de ferraris, fitas, bolas de beisebol e etc.
Para quem está lendo percebe que esses elementos não estão ali a toa e fazem parte da história.
A impressão é em papel Off-Whitte, ou seja, as páginas são amareladas como nós leitores amamos.

  Ferris virou um dos meus personagens favoritos, pois, ele é uma pessoa leve, feliz, simpático com todos e que ver o lado bom da vida. Ele pensa no futuro sim, mas para ele, viver o presente é muito mais importante. Ele vive cada dia como se fosse o último, isso faz com que a gente reflita se estamos realmente aproveitando nosso presente ou se só estamos sofrendo com o passado ou pensando demais como será o futuro e esquecendo de ser feliz como o melhor amigo de Ferris, o Cameron.

Recomendo a todos a leitura do livro, seja fã do filme ou não, acabei o livro com um aprendizado que tenho certeza que levarei para a vida e algumas frases também irão comigo, como por exemplo:

"A vida passa rápido demais e se você não parar de vez em quando para viver a vida, acaba perdendo seu tempo."
“Eu passava tanto tempo pensando no futuro, que nunca percebi que não importa o que vai acontecer depois, se o presente está uma porcaria.”
INFORMAÇÕES DO LIVRO
  • Autor: Todd Strasser
  • Editora: Gutenberg
  • Gênero: Ficção/Jovem Adulto
  • Páginas: 160
  • Ano de publicação: 2015
  • No idioma: Português
  • ISBN:  9788582353790
  • Avaliação média: 4,1
  • Minha avaliação: 4/5
  • Data da resenha: 27/08/2016
  • No Skoob 

[RESENHA] Cartas de amor aos mortos - Ava Dellaira

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"O corredor barulhento me transtornava. Queria fechar os olhos e fazer com que todas as vozes se dissipassem"
Alguns segredos só conseguimos contar aos nossos maiores ídolos.

  Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heatl Ledger... apesar de ela jamais entregá-las à professora.
O que parecia uma simples lição de casa logo se transforma na maneira de Laurel lidar com seu primeiro ano em uma escola nova e com a família despedaçada depois da morte da sua irmã. 






Querida May,
Decidi fazer essa resenha de uma maneira diferente, eu não sei onde você está, mas depois de ler o caderno que Laurel entregou a professora Buster eu acredito entender o porque você os deixou.

Com sua partida, Laurel precisa lidar com a morte da irmã e o modo como ela escolheu foi se afastar dos amigos entrando em uma nova escola. Você a conhece, ela não quer conviver com a pena dos que lhe conheciam. Esse novo começo e a entrada no ensino médio, vai ser difícil para Laurel que tem uma visão heroica de você, talvez tudo seria diferente se você soubesse da idealização dela em ser como a irmã mais velha, e também a insegurança que ela tem com própria aparência.

Depois que você partiu sua mãe também a deixou, não da mesma forma o que talvez seja pior, então Laurel precisa lidar com os preconceitos juvenis enquanto tenta agradar a sua tia, atualmente a tia Amy é a única presença familiar próxima.
Ela tem feito cartas para seus ídolos, principalmente ao Kurt, lembra quando você apresentou "heart-shaped box" para ela? Ela tem buscado ser como você, a vida que você apresentava a ela. Não seria mais fácil ter contado que você estava mal, e toda culpa que sentia?

Na nova escola ela fez alguns amigos, mas como ela, eles também tem problemas que parecem enormes. Será que eles podem aceita-la sendo que ela guarda tantos segredos?

Laurel precisa de muito apoio, aquele que você não encontrou, ela conheceu um garoto na nova escola, Sky parece ser um bom garoto, não? De onde você está será que pode vê-los?

Você não devia deixa-los, principalmente a Laurel, a pequena fada sem asas, Mas como eu disse eu entendo o porque você os deixou, você só precisava pedir ajuda!
Laurel não precisa ser como você, só precisa ser ela mesma e descobrir que como você ela também não tem culpa de nada, eu espero que Laurel se encontre e deixe de querer ser May.

Eve.

  Carta de amor aos mortos é sobre uma adolescente que tem de lidar com a morte da irmã que lhe era um exemplo. Duas irmãs que eram muito parceiras, a cumplicidade entre elas lhe renderam segredos que atormentavam May e atormenta Laurel. É um livro sobre a descoberta adolescente sobre o que é ser adulto, sobre enxergar que a família e os amigos também possuem problemas e então decidir que é preciso tentar enfrentar os nossos sozinhos.

Resenha escrita pela colaboradora Eve Lopes.
 
Desenvolvido por Michelly Melo.

Personalizado por Eve Scintilla.