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[RESENHA] One Man Guy

domingo, fevereiro 12, 2017
Se tem uma coisa que criei certa simpatia e aprendi a apreciar, são livros com romances entre pessoas LGBT. 
Por mais que meu cérebro muitas vezes me avise que o livro deve contar “mais do mesmo”, ou seja, por mais que eu tenha a impressão de que será aquela mesma história clichê que se repete cansativamente, meu coração tem uma queda e eu acabo cedendo. Foi assim que comecei a ler One Man Guy que foi cedido pela Editora Leya no 1º evento da Alinça dos blogueiros.


One Man Guy vai contar a história de Ethan e Alek, que estudam na mesma escola e vão se conhecer a partir de um curso de verão que são obrigados a fazer. Os dois não se parecem muito, como a própria sinopse deixa claro. Alek é mais retraído e tem uma única amiga com quem pode contar, além de ter uma relação meio intensa com a própria família. Enquanto Ethan é descolado, amigo de todo mundo, o famosinho da escola. A própria imagem do Quarterback, pra quem acompanha seriados adolescentes americanos. E eles irão viver juntos algumas aventuras que vão aproximá-los.

   A primeira coisa que costumo colocar na minha mente antes de começar a ler qualquer livro teen, é compreender que não é uma história feita para construir grandes conhecimentos ou te fazer pensar em boas questões. Então, tenha certeza de que One Man Guy provavelmente não será o livro da sua vida. É literatura de entretenimento, inclusive ótima pra ser lida quando você estiver em uma ressaca literária. O que não significa também, que o livro não vá desconstruir alguns preconceitos e ensinar algumas coisas para as pessoas. Tem uma cena em específico, que se o leitor não tiver muito atento, acaba ficando com uma mágoa do Ethan, e quando a explicação chega até nós, compreendemos e aprendemos com aquela cena.

   Uma coisa que me intrigou foi o motivo do título não ter sido traduzido. O que significa One Man Guy? E se não fosse pela frase que segue abaixo do título estar em português, eu teria certeza de que estava com a versão americana em mãos. Mas calma! Não pesquise no Google, se não você vai acabar encontrando a resposta. Tudo bem que, para uma parcela da população o título não é um mistério, mas se você não entende o motivo de não ter sido traduzido, sugiro que leia para saber. Será uma boa surpresa, prometo. E aí então, você pode pesquisar e mergulhar ainda mais nessa história.

   A escrita do Michael Barakiva não me marcou de maneira que me fizesse ir correndo atrás de outras histórias escritas por ele. Em contrapartida, não é uma escrita ruim a ponto de me fazer largar a leitura e nunca mais ler nada. É gostosa e fluída, mas não incrível. O que me fazer concluir que, se eu tiver a oportunidade de ler outro livro dele, tudo bem, mas se nunca mais ler nada, tudo bem também. Aliás, não conheço nenhuma outra história do autor. Vou dar uma pesquisada!
Voltei! Ao que parece, One Man Guy é o único livro do Michael Barakiva que está trabalhando em uma sequência que se chamará “Hold My Hand”. Então, ficarei no aguardo e para ler essa nova obra que está por vir e acompanhar o crescimento do autor e da sua escrita.

   No mais, é um livro que recomendaria para pessoas de qualquer idade, sem ter medo de ser feliz. Não vão ter cenas proibidas, o que torna o livro ótimo para ser dado à crianças, e que ainda por cima pode ajudá-las a compreender o mundo em sua totalidade e que as relações com amor não se limitam ao formado “homem + mulher” e que está tudo bem.

O livro ganhou 4 de 5 estrela no skoob, pois apesar de ser um livro que cumpre sua função de entreter e divertir, eu já li alguns outros com a mesma temática e que foram mais bem trabalhados como alguns do David Levithan, por exemplo.

INFORMAÇÕES DO LIVRO
  • Autor: Michael Barakiva
  • Editora: Leya 
  • Gênero: Romance LGBT
  • Páginas: 272
  • Ano de publicação: 2015
  • No idioma: Português
  • ISBN: 9788544102503
  • Avaliação média: 4,2
  • Minha avaliação: 4/5
  • Data da resenha: 12/02/2017
  • No Skoob 
 Resenha escrita por Bruno Cardoso, novo integrante da equipe do DM.

15 comentários

  1. Olá, tudo bem?
    Gostei bastante da sua resenha, mas não fiquei tão empolgada quanto a leitura, então vou passar a dica.
    Um beijo.

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  2. hummm não faz isso com uma curiosa compulsiva rs dizer pra não procurar no Google é o mesmo que dizer VÁ! rs
    Eu tenho pouca experiência com livros LGBT, mas mesmo que os romances seja clichê como vc diz, deve ser também bem interessante para quem vive um relacionamento homo como pra quem tem filhos numa relação assim. Vou tentar ler mais desse universo e já anotei este, só não prometo não pesquisa sobre kkkkk

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  3. Se pararmos para analisar bem, todos os romances são clichês! Estou estudando isso na universidade, e o que nos faz ler e nos encantar com as mesmas histórias é a forma de contar(escrever) dos autores. Até mesmo pela capa , temos a sensação de que é um livro mais adolescente mesmo, não que impeça de que um adulto ou uma criança o leia. Acho ótimo que mais histórias com essa temática surjam para desconstruir tantos conceitos patriarcais. Dica anotada ! Beijos do Wes ^^.

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  4. Oi, Bruno! Tudo bem?
    Eu gostei do livro logo de cara - a capa chamou muita atenção. Como você mesmo disse, esses livros costumam ser mais para entreter do que para qualquer outra coisa, e leituras assim são ótimas para curar aquela ressaca literária.
    Enfim... amei a resenha.
    Beijos.

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  5. Oi Bruno, tudo bem?

    O livro tem uma premissa bem bacana e mesmo sendo mais uma história bem parecida com tantas que temos no mercado sempre acabo lendo este tipo de obra e acabo gostando, acho que a discussão do assunto é sempre bacana. Já li os livros do Levithan que abordam o tema e adorei, mesmo algumas pessoas criticando o autor, gosto muito de sua abordagem. No mais, acho que leria "One Man Guy" quando estivesse em uma ressaca. Adorei a resenhas e os pontos levantados!

    Beijos!

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  6. Adorei aqui, tudo bem minimalista. <3
    Olha, a Leya deveria ter investido mais nesse livro, hein? Eu mesma não conhecia, e olha que to sempre de olho. Sempre que vejo livros da temática lendo do David também, mas fiquei afim de ler e conhecer o Alek e Ethan (adoro esse novo).
    Beijão.

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  7. Olá!

    Não curto o David, mas gosto do Bill Konigsberg, que também escreve personagens LGBT, recomendo Apenas Um Garoto. Sobre esse, apesar do título em inglês, adorei a premissa, e se pudesse, leria mais livros com essa temática.

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  8. Já tinha visto a capa desse livro em algum lugar, mas não tinha me chamado muito a atenção. Lendo a agora a resenha fiquei bem interessada.
    Vou procurar pra ler <3

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  9. Olá...
    Quando leio o livro juvenil, eu não espero muito e a maioria das vezes me surpreendo, mas não são todos que me chamam atenção, esse eu não curti a premissa, mas é a cara da minha filha de 13 anos, ela adora essas histórias... gostei muito da dica, vou apresentar a ela. Xero!

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  10. oi!

    Fiquei bem curiosa do pq o título não ter sido traduzido e voltado para um público mais jovem, acredito fielmente que qualquer estória procede de um aprendizado. Gostei muito da sua resenha e a mesma me deixou curiosa quanto a narrativa. Beijos!

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  11. Olá! Não conhecia o livro e a sinopse não me atraiu muito. Não é por que é clichê, eu gosto de um bom clichê. Mas, não me conectei mesmo com a premissa dele. Beijos!

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  12. Olá!
    Ainda não conhecia esse livro, mas fiquei interessada principalmente pela capa, confesso. Gostei de saber que foi um livro mediano, tipo, nem maravilhoso, nem ruim. Fiquei curiosa para saber o que vai acontecer, mesmo com o clichê que temos.
    Vou me fazer da dica.
    Beijos

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  13. Oi Bruno, tudo bom?
    Bem-vindo ao DDM <3 Adorei a sua resenha... Sou grande fã de romances LGBTT* e, inclusive, lancei um recentemente. Espero que cada vez mais as pessoas reais possam se sentir representadas nas mídias. Já estou com meu exemplar de "One Man Guy" e estou ansiosa para lê-lo.

    Thati Machado;
    http://nemteconto.org

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  14. Oi, tudo bem?
    Também gosto muito de livro com a temática LGBT, acho que o tema tem ganhado bastante espaço é importante criarmos espaços de discussão, quem sabe nossas crianças não cresçam com um pouco mais de tolerância?
    Bjs!

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  15. O livro tem um tema que está sendo muito discutido atualmente e que apesar que não ser o tipo de leitura que eu estou acostumada a ler, mas fiica claro durante a leitura a construção gradativa do romance único.
    Bianca Andrade
    Além de 50 Tons: https://almde50tons.wordpress.com/

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