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[RESENHA] Um perfeito cavalheiro - Julia Quinn

sábado, fevereiro 04, 2017 3 comentários
Jovens mocinhas casadouras. Um bando de lobas vorazes, todas elas. Excetuando-se a dama presente, é claro. 
  Um perfeito cavalheiro é uma releitura de Cinderela. Devo dizer que uma releitura bem cruel a mocinha da trama, Sophia Becket, sofre um bocado antes de poder ter seu final feliz. O livro é dividido em duas partes e um prólogo. No prólogo descobrimos que Sophia nunca foi adulada pelo pai, assim como esperamos de qualquer cinderela. Quando nasceu foi deixada na porta do homem com um bilhete, mas o conde a pegou para criar como se a menina fosse filha órfã de um amigo, mesmo a menina tendo traços fortes do conde e de sua família.
  Assim que o conde se casa novamente e resolve morar em Penwood Park a menina alimenta esperanças que finalmente terá uma família, ganhará uma mãe e duas irmãs. Ela imagina que com o casamento até o conde iria lhe dar mais atenção, diferente das visitas esporádicas que teve durante toda sua vida.
  A chegada de Araminta - nova esposa do conde - e suas filhas Posy e Rosamund não é nada agradável, na verdade se torna muito diferente das expectativas da pequena Sophie, tudo porque o Conde não aceita livrar-se da menina - como exigido por Araminta - e ter uma filha bastarda morando com eles é um insulto a mulher.
Quando o conde falece, ele deixa uma renda de 4 mil libras anuais a Sophie, até que ela complete 20 anos, mas a renda de Araminta diminuí e para não perder seu status ela escolhe ficar com a moça, condizendo ao seu péssimo caráter, Araminta não conta a Sophie que a renda é dela, e passa a usufruir do dinheiro durante todo o período, mas quando a moça fica mais velha e deixa de ter direito ao dinheiro, Araminta ainda permite que ela fique na casa, dando conta que a moça serve como uma criada sem receber qualquer salário, servindo ao capricho das mulher e de suas filhas.
Benedict Bridgerton é o segundo filho da família, como os outros possui grande beleza, mas está cansado das tentativas da mãe em casa-lo, e das técnicas femininas de sedução. Embora ainda compareça as festas dadas por sua mãe, ele conhece todos os jogos e artimanhas das debutantes em temporada.
  Quando Srª Gibbons uma das criadas sugere que Sophie vá ao baile de máscaras dos Bridgerton, tudo parece uma ideia maluca, mas ao chegar ao baile a moça conhece um outro mundo, e aproveita de uma atmosfera que ela julga nunca poder fazer parte.
No momento que Benedict coloca os olhos nela, imediatamente percebe que ela é diferente de qualquer outra moça que ele possa ter conhecido antes. Assim que a moça concorda com uma mentira do rapaz e eles começam a conversar, ele vai descobrindo a inexperiência da moça em relação aos bailes, e se encanta ao enxergar a felicidade dela por estar ali. Tudo em Sophie é incomum, ela não parece como qualquer loba voraz, mesmo assim, é claro que o coração de um Bridgerton foi mordido. Sophie, o conquista com sua inexperiência, com sua inocência e sinceridade, mas como toda boa cinderela quando o baile acaba ela precisa partir, sem deixar qualquer pista que pudesse incrimina-la por emprestar os sapatos da madrasta. No momento que Araminta descobre a aventura da moça a coloca na rua a sua própria sorte, por conta dos seus conhecimentos ela passa a trabalhar como criada. Três anos depois do baile, Sophie trabalha para os Cavenders, e enquanto tenta se livrar do filho do patrão reencontra Benedict que não a reconhece.




  Vou parar por aqui para não dar um resumo completo do livro, mas juro que fiquei apenas entre as 90 primeiras páginas do livro que possuí 292, ou seja não pensem que contei tudo, menos ainda desprezem a narrativa de Julia Quinn, esse resumo não é tão detalhado comparado ao livro, só falei sobre a primeira parte do livro e o início da segunda parte do livro(menos de 6 folhas). É nesse cenário com toque de cinderela que o terceiro livro da série Bridgertons se desenrola, Sophie sente-se frequentemente inferior as pessoas, uma filha bastarda sem direito a um dote não pode querer se casar com um Bridgerton, depois de tanto tempo recordando uma noite de sonho ela se decepciona por Benedict não a reconhecer, mas aceita o fato, pôr a frente dele parecer apenas uma criada. Mesmo com todo infortúnio ela sente-se muito à vontade a frente dele, conversar com ele a deixa feliz como durante muito tempo ela não foi. Nos momentos que está a seu lado ela sente-se novamente como a moça no baile, mesmo com a diferença social entre eles, Benedict a trata como semelhante, mas a imagem da moça do baile e a sua posição social o impede de torna-la sua esposa.
As discussões entre o casal é a coisa mais divertida possível, os dois discutem como duas crianças, discordando só pelo prazer de ver o outro irritado. Benedict abusa da paciência da moça diversas vezes, enquanto ela tenta agir como uma criada e não como a moça que o conheceu no baile. Ele é o tipo de pessoa que gosta de contrariar o outro, e aos poucos Sophie acaba sempre se colocando em posição de ser contrariada por ele.
Um perfeito cavalheiro é um livro tão fluido e gostoso de ler que o devorei em algumas horas.


INFORMAÇÕES DO LIVRO
  • Autor: Julia Quinn
  • Editora: Arqueiro
  • Gênero: Romance Histórico Americano
  • Páginas: 304
  • Ano de publicação: 2014
  • No idioma: Português
  • ISBN: 9788580412383
  • Avaliação média: 4,5
  • Avaliação: 4/5
  • Data da resenha: 04/02/2017
  • No Skoob
 
Desenvolvido por Michelly Melo.

Personalizado por Eve Scintilla.