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[RESENHA] A Torre - Daniel O’Malley

sábado, abril 08, 2017 Nenhum comentário

Sinopse:

Misterioso e hilariante, A Torre é uma fantasia que promete fisgar os fãs de fantasia do princípio ao fim Muito suspense Certa dose de humor Uma heroína capaz de deixar Katniss Everdeen, de Jogos Vorazes, no mínimo intimidada E uma carta encontrada no bolso que começa assim: Querida Você, O corpo que está usando costumava ser meu. Encharcada pela tempestade que cai sobre o parque, ela ainda não sabe por que está cercada de cadáveres. Muito menos por que todos usam luvas de látex. Sem escolha, ela decide seguir as orientações deixadas nessa carta e encontra outras duas. Uma carta leva a outra e mais outra, e assim ela descobre seu nome: Myfanwy omas. E ainda que é uma Torre - uma agente secreta de alto escalão que trabalha para uma organização do Império Britânico responsável por combater eventos sobrenaturais. Mas há um traidor nessa organização. Um traidor que a quer ver morta. E que logo perceberá que Myfanwy ainda está viva. E sem memória. Enquanto luta para salvar sua vida, Myfanwy conhece pessoas misteriosas: um homem com quatro corpos, uma aristocrata que pode entrar em seus sonhos, crianças que se transformam em guerreiros mortais e uma conspiração que vai muito além do que poderia imaginar. Com uma protagonista feminina forte e apaixonante, A Torre é um livro que vai envolver os leitores de fantasia em uma narrativa cativante e, ao mesmo tempo, diferente de tudo o que já foi publicado no gênero.

Antes de começar, preciso ressaltar que o projeto gráfico da capa e o título não são muito atraentes. Sinto um misto de sono e indiferença ao contempla-la. Feita essa observação, posso dizer que o livro é maior do que isso. Apesar de uma pequena coisa que me incomodou, considero ter lido uma boa história.

A Torre vai contar a história do Chequy, que é o serviço secreto da corte britânica, através da Myfanwy Thomas, que é a personagem principal e que perdeu a memória, mas antes de perdê-la, escreveu dezenas (ou centenas) de cartas para si mesma. A primeira delas começa assim:
"Querida você, o corpo que está usando costumava ser meu."
Essa frase inicial te prende e te cria um laço com o livro. O que diabos ela quer dizer com isso? O autor não poderia tê-la usado melhor. Mas ela também leva o leitor a criar uma espectativa que pode ser grande demais. Então cuidado, ou você corre o risco de se frustrar. Não diga que não avisei.

Através dessas cartas, Myfanwy conhece seu passado e começa a desvendar os mistérios que desencadearam na sua perda de memória. Sua versão antes do acontecimento era de uma mulher tímida, que não levanta a voz pra nada e passa a vida com a cara metida nos computadores. Já nova Myfanwy é o completo oposto, usando seus poderes em batalhas e metendo o nariz em tudo quanto é canto. É cruel, mas damos graças a Deus por ela ter perdido a memória, pois sua nova versão é muito mais interessante que a anterior.

Apesar de ter toda uma pegada de serviço secreto o autor incluiu umas tiradas de humor na história. Algumas são geniais e eu me peguei rindo de ter que fechar o livro, de tão absurdo que era a situação. O ponto que me incomodou e que citei no inicio da resenha é que algumas dessas tiradas foram forçadas. O episódio do pato! Não digo mais do que isso, até pra não dar spoiler. Mas quando aquela cena terminou eu fiquei extremamente desgostoso. Se você ler, vai entender.

No livro também é possível encontrar passagens sombrias. Não chegam a dar medo mas te fazem pensar um pouco. Essas partes foram pra mim as melhores, pois o ritmo ficava acelerado e eu lia com mais afinco. As cenas são muito bem trabalhadas e é inevitável não sentir-se tenso. Pra quem pegar a referência, imagino que esse livro daria um bom anime no estilo Death Note de ser. Entre essas cenas de tensão, também devo lhe alertar que irão surgir alguma meio nojentas. Mas não é nada muito pesado, então tranquilize-se.

Durante a leitura o indiquei para uma amiga que pediu um livro que não fizesse você querer parar de ler, e indico também pra você, que está lendo essa resenha. Antes de começar, no entanto, saiba que ele tem uma continuação e que ela ainda não foi traduzida aqui para o Brasil. Então, a menos que tenha a possibilidade de ler um livro em inglês, talvez você vá sofrer um pouquinho enquanto espera a continuação.

A história tem um potencial pra ser ter nota 6 numa avaliação de 0 à 5. Porém, devido a essas cenas engraçadas que foram introduzidas goela abaixo do leitor e não deveriam existir, vai receber um 4. Estou na expectativa do segundo livro e torcendo para que o autor tenha melhorado um pouco nesse aspecto.

INFORMAÇÕES DO LIVRO
Título:A Torre
Autor:Daniel O’Malley
Ano de publicação: 2016-03-01
Páginas: 432
Editora: Leya
No idioma: Português
Gênero: Ficção Fantástica,  Literatura Estrangeira,  Romance Policial
ISBN: 9788544102541
Avaliação média: 4 /5
Votos:81
Minha Avaliação: 4/ 5
Data da Resenha: 08/04/2016
Crítico: Bruno Cardoso

[RESENHA] Caminho das Águas - Eva Zooks

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SINOPSE:
O que fazer quando a vida está ligada a um segredo?
Quando todas as decisões conduzem a um caminho desconhecido e misterioso?
Anne é uma historiadora obcecada por um tema em particular: a história de um homem que visita seus sonhos desde a adolescência. Ethan Brown, um soldado condecorado da guerra da Secessão.
Mas que estranha relação existe entre ela e alguém que viveu em 1864?
É isso que Anne terá a oportunidade de descobrir ao ser convidada por Henry Starre, um rico colecionador de obras de arte, para passar uma temporada em Maryland e conhecer de perto o local de suas pesquisas.

    Uma historiadora com uma fixação da Guerra da Secessão, mas especificamente em um soldado desaparecido em guerra - Ethan Brown - mas a fonte de sua obsessão tem um motivo, Anne não é uma historiadora comum, ela sonha com Ethan desde que era uma criança, e essa obsessão a faz uma moça inocente, apaixonada por um soldado desaparecido em 1862.
     Enquanto busca informações sobre a guerra, Anne tenta não se envolver em encontros programados pela senhora Holts, a bibliotecaria do Instituto de História de Nova Yorque. Através da senhora, Anne recebe um telefonema, aparentemente alguma maquinação da senhora para que ela conheça alguém, no entanto Henry Starre atiça a curiosidade dela, o misterioso homem manda uma passagem para moça visitar Maryland local onde ocorreu a batalha durante a Guerra da Secessão, um local histórico que iria contribuir em muito a sua pesquisa. 
"Ele a contemplava como um lobo faminto contempla um bom pedaço de carne"
    Ela decide viajar e conhecer Maryland, mesmo achando estranho a situação, quando desembarca no aeroporto é recebida por James um dos filhos do senhor Starre. O modo que ele a recebe a faz levantar duvidas se aquela viagem teria sido uma boa ideia, por trás da bela imagem do homem existe uma rejeição a ela, que ela acredita ser relacionada aos bens da família, como se o homem acredita-se que ela pudesse roubar seu pai.
Quando chegam a residencia Anne vê algo estranho na atmosfera assim que desce do carro, ela escuta vozes na floresta, presa em um de seus sonhos com Ethan, e quando acorda de seu desmaio se vê acolhida, amparada, protegida nos braços de quem ela menos esperava, James.
    Gostei bastante da história, o irmão mais novo do senhor Starre - Ronald - traz um clima ameno, ele é o tipo de personagem que a gente gostaria de ter como amigo. Mesmo a autora dando o contexto histórico da guerra, descrevendo os locais de maneira detalhada achei que faltou uma explicação mais plausível para essa ida repentina de Anne, a Maryland, ela se joga nessa viagem. Eu gostei muito da história, achei que teve um bom aprofundamento na relação do James com Ethan Brown, mas senti falta de uma ligação da Anne com Ethan. 

INFORMAÇÕES DO LIVRO
Título:Caminho das Águas
Autor:Eva Zooks
Ano de publicação: 2016
Páginas: 184
Editora: Ler Editorial
No idioma: Português
Gênero: Ficção, Romance
ISBN: 8568925278, 9788568925270
Avaliação média: 4 / 5
Minha Avaliação: 4 / 5
Data da Resenha: 10/04/2017
Crítico: Eve Lopes
 
Desenvolvido por Michelly Melo.

Personalizado por Eve Scintilla.