Milo Moon tem 9 anos não vê o mundo como as outras crianças. É como se ele enxergasse pelo buraco de uma agulha e por isso, junto com a sua "avó" Lou (que não fala há 63 anos), ele treina seus outros sentidos para compensar o que não desempenha muito bem por causa da retinite pigmentosa. Em breve Milo perderá a visão.
Os capítulos alteram entre o ponto de vista de Sandy (a mãe de Milo), Lou, Milo e Tripi (o cozinheiro da casa de repouso), o que fez a leitura fluir a todo vapor.
Milo tenta impedir que sua avó vá para uma casa de repouso por não estar mais num nível aceitável de sanidade, mas ela acaba indo para o "Não me esqueças", que aparentemente é um bom lugar: limpo e com um lindo jardim. Infelizmente Milo não pôde deixar o porquinho Hamlet com a avó, pois o lugar não aceitava animais. Ele não suporta o fato de ter que largar a avó sozinha e tenta visitá-la sempre que pode. Mas quando percebe que há algo muito errado naquele lugar, Milo precisa dar um jeito de fazer todos enxergarem o que só ele vê.
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樂O livro me lembra "Vovô deu no pé" por causa da premissa e recomendo à todas as idades.
O livro se passa em Slipton, Inglaterra, e é narrado em terceira pessoa.
Entrou para a lista dos queridinhos junto com "Crenshaw" e "Memórias de um amigo imaginário".
O final me deixou levemente triste e quase me fez chorar.
O livro nos mostra a triste realidade de alguns asilos: maus tratos para com os idosos e a falta de condições acessíveis e conforto.
A
diretora do asilo só se importa com o prêmio que precisa ganhar e não pensa em fazer nenhuma melhoria no local, somente em si própria. O que uma criança pode fazer para consertar as coisas e salvar sua avó quando ninguém lhe dá ouvidos?ㅤ
"Mas, às vezes, quando você vê coisas que não parecem corretas, é seu dever virar o barco, não é?"
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"As pessoas fazem coisas ruins quando estão infelizes".
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